Foto do Desenho Técnico de um Produto com a Logo da Artificer no canto

20 ferramentas mentais para você desenhar e projetar produtos melhores

Publicado 6 de Maio de 2020 no LinkedIn

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João da Artificer Por João Braquehais
Fundador e Consultor na Artificer
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Você tem alguma ideia de um produto físico que você quer tirar do papel?

Ou você trabalha diretamente com prototipagem, design ou engenharia de produtos?

Então esse artigo é para você.

Nos últimos meses nós da Artificer estivemos compartilhando no nosso Instagram algumas ferramentas que utilizamos nos nossos projetos de desenvolvimento de produtos.

Essas ferramentas são na realidade exercícios mentais: perguntas que você pode fazer a si mesmo para catalisar novas ideias durante o seu trabalho de desenvolvimento de produto.

Para que você possa conhecer e consultar estas ferramentas de uma forma conveniente, nós compilamos elas aqui para você.

Segue a lista de ferramentas:

  1. Iteração: Considere fazer uma versão beta (provisória, de testes) do seu produto e ir melhorando-a periodicamente. Foi assim que o nosso cliente Maicon do Projeto Braille conseguiu resolver o seu problema provisoriamente antes de produzir conosco uma iteração mais definitiva do seu projeto.
  2. Diferenciação: Considere desenvolver um leque de produtos focados em problemas individuais ao invés de um produto que tenta resolver vários problemas.
  3. Modularização: Considere separar o seu produto em módulos e desenvolver esses módulos separadamente. Essa também é uma forma de baratear o seu produto e tem a ver com as duas dicas deste vídeo.
  4. Produto Mínimo Viável: Considere fazer o que você faria se tivesse só uma semana ou só um mês para entregar o seu produto. Essa não é a definição mais comum de MVP, mas conforme argumentamos na descrição deste post aqui, é a que faz mais sentido.
  5. Repertório Técnico: Considere que conhecimentos você deve explorar extensivamente (via Google, Livros, YouTube, etc.) para preparar a sua cabeça a ter ideias para o seu projeto. Veja a dica #2 deste vídeo do Filipe Deschamps para entender como isso pode te ajudar.
  6. Esboços Técnicos: Considere fazer desenhos e rabiscos para registrar ideias que estão na sua cabeça e assim abrir espaço para novas ideias. Assim você consegue raciocinar como se fosse o Dr. House igual eu descrevi neste artigo aqui.
  7. Design para Manufatura: Considere quais são as limitações dos processos de fabricação que você tem à disposição antes de desenhar qualquer peça. O Eng. Allan Rodrigues apresenta isso muito bem neste vídeo aqui como o primeiro passo para o projeto de peças plásticas, e, de fato, este dever ser o primeiro passo no projeto de qualquer peça de qualquer material.
  8. Design para Montagem: Considere quais problemas a ordem, as folgas e as interferências de encaixe podem gerar no seu produto. Iremos publicar um vídeo sobre isso em breve no nosso YouTube. Então inscreva-se no nosso canal para não perder o vídeo!
  9. Design para Suprimento: Considere usar peças já disponíveis no mercado para simplificar a cadeia de suprimento do seu produto.
  10. Design para Confiabilidade: Considere quais são os riscos existentes no seu projeto e desenvolva contra-medidas para torná-los irrelevantes.
  11. Design para Reparo: Considere a possibilidade dos seus clientes consertarem por conta própria o seu produto e pense no que você pode fazer para facilitar isso. Aqui na Artificer fizemos isso no Projeto Drone usando um design modular e entregando peças de reposição.
  12. Design para Sustentabilidade: Considere reduzir desperdícios na fabricação, utilizar materiais recicláveis ou biodegradáveis (como é o caso do PLA que utilizamos na impressão 3D) e projetar o seu produto ou partes dele para ter uma "segunda vida" através de utilidades secundárias. É possível que um design sustentável ainda traga vantagens secundárias, como no caso da ASTAN Bike do estúdio RutzPell, onde o uso da madeira resultou em um amortecimento natural que deixou o pedalo da bicicleta mais suave.
  13. Redundância Planejada: Considere ter peças ou recursos redundantes ou quase-redundantes (isto é, peças ou recursos com a mesma finalidade ou que atuam como opções alternativas) para minimizar riscos no seu projeto. É o que fizemos para garantir um encaixe perfeito no Projeto Clínica.
  14. Adaptabilidade Planejada: Considere ter partes do seu produto que sejam adaptáveis a diferentes situações.
  15. Flexibilidade Projetada: Considere utilizar a flexibilidade dos seus materiais para reduzir o número de componentes no seu produto. Este guia da BASF está ótimo para profissionais de engenharia que queiram uma introdução a uma aplicação deste assunto.
  16. Segurança Ativa e Passiva: Considere resolver os problemas de segurança do seu projeto tanto através de aspectos ativos (como reforços ou automações) quanto através de aspectos passivos (como avisos ou limitações dimensionais).
  17. Engenharia Reversa: Considere buscar produtos de sucesso e investigar o que você pode aprender com eles. É uma ferramenta fundamental de design de produtos. E o poder dela ainda vai bem além disso. Aqui o Caio Vivan aplicou ela a um processo de vendas.
  18. Mudança de Escala: Considere buscar versões maiores ou menores do seu problema e investigar o que você pode aprender com soluções a estes problemas alternativos. (Os mecanismos basculantes e de trava do trem de pouso de um avião, do porta-malas de um carro e de um porta-luvas todos resolvem problemas parecidos e podem servir de inspiração uns-aos-outros.)
  19. Projeto de Prateleira: Considere fazer o seu projeto inteiramente a partir de componentes já existentes no mercado.

E, finalmente:

  1. Projeto Frankenstein: Considere fazer o seu projeto a partir da fusão de produtos existentes. Neste vídeo explico como a Tesla usou esta ferramenta e como você pode usá-la também.

Uma vez apresentadas todas estas ferramentas, sou obrigado a dizer que a reciprocidade se aplica a todas elas. Ou seja:

Se essas ferramentas possuem uma utilidade, é provável que o oposto delas possua alguma utilidade também.

E por fim, se você gostou muito desse artigo e de todas as referências contidas nele, é provável que você curta também a Tabela FRDPARRC (que é uma ferramenta que resume algumas das ferramentas acima em uma só) e que você tenha interesse em conhecer a Artificer visitando o nosso site.

Agora é com você!

Você tem alguma ferramenta que adicionaria a essa lista?

Ou tem referências ou exemplos pessoais de uso de uma dessas ferramentas?

Manda aqui nos comentários!

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